Tinha dia que eu achava que já tinha esquecido ela
A poesia
Pois ela que não me larga. E olha que eu corro. Corro às
vezes pra nunca mais voltar.
É sempre tão difícil saber para onde se quer ir. A poesia é
que nem tapete voador. Flutua. Acho que às vezes a gente devia fazer flutuar
nossa vontade de direção. Pra se perder um pouco sabe. Pra não viver tão
encaixotado.
Explico: vivem encaixotados, todos aqueles que carregam
corações em maletas, suas orações em baús, seus suspiros em... sei lá... cigarros por exemplo. Vontade na razão.
Então vamos sair da caixinha, nos livrar dos armários,
espanar a poeira, esse pó pesado que nos gruda no chão. Vamos amar mais!
Inventar mais poesias no cotidiano, deixar as palavras
correrem soltas e livres; vamos dirigi-las certeiras a quem queremos bem!
Eu achava que tinha esquecido dela. Mas que bom
que ela nunca esqueceu de mim....
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